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segunda-feira, 22 de julho de 2013

As TICs chegaram à escola. Como entrar pela porta da frente?

As TICs chegaram à escola. Como entrar pela porta da frente? Novais, Vera Lúcia Duarte de. PUC-SP, 2004.

Resumo e Crítica:

Novais, antes de falar da inserção das TICs na escola, faz uma rápida reflexão: Que as ações devem estar focadas na escola e na cultura que está inserida e que no Brasil os computadores entraram na escola primeiramente pelas ações de Universidades Públicas com o objetivo de torná-lo um aliado ao processo de desenvolvimento cognitivo dos alunos, uma ferramenta a mais de aprendizagem. E que o professor tem um papel importante e que a sociedade atribui o sucesso ou o fracasso da aprendizagem dos alunos aos professores.
Nossas salas de aula continuam a funcionar como nos velhos tempos, de modo geral bastante fechadas. Havendo uma contradição no  "discurso" do professor e o que ocorre "de fato" na sala de aula, o mesmo se isola em sua sala, tradução: "cada um por si".
A autora fala também da forma de organização dos professores "em feudos", dificultando a tomada de decisões que atinjam a totalidade do corpo docente.
Max Weber (1971), "a lógica burocrática, como a construção da organização do trabalho sobre uma regulamentação estrita de papéis, de sorte que as práticas independem das características singulares dos assalariados e das relações pessoais que eles mantêm em seu trabalho". A lógica burocrática faz com que cada um, se isole e fique alienado com relação a um projeto coletivo de educação. Com o pensamento de evitar confronto com os colegas professores e isso resulta em imobilidade, apatia e outros.
Voltando ao início do resumo à cultura existente na escola, a fragmentação na estrutura, não proporciona que o computador avance e chegue na escola como um desafio, uma oportunidade, uma ferramenta a mais na aprendizagem e sucesso dos alunos. E para isso todos os membros da escola devem viver uma mudança sendo autores do próprio processo, é dando a responsabilidade da criação e do andamento do projeto ao grupo de professores e a toda equipe gestora, que os mesmos ficarão a vontade para inserir a realidade da comunidade escolar e encarar o desafio e desencadear o ingresso do computador na escola " pela porta da frente ". Assim, a escola deixa a organização que engessa, sofre as mudanças, enfraquece a cultura de isolamento, envolve a comunidade escolar em torno de objetivos comuns.
A partir do momento que todos entenderem o papel do computador como recurso de aprendizagem é que a escola de fato, incorpora as TICs no Projeto Político Pedagógico.

Outra fonte de leitura:
THURLE, Mônica Gather. Inovar no interior da escola. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Gestão de Tecnologias na Escola

ALMEIDA, M. Gestão de Tecnologias na escola. Série “ Tecnologia e Educação: novos tempos, outros rumos ” – Programa Salto para o Futuro, Setembro, 2002. http:www.tvebrasil.com.br/salto-boletim2002

Resumo:
De acordo com Almeida, a partir da análise de conteúdo, o assunto Gestão de tecnologia na escola, inicialmente como um instrumento para agilizar o controle e a gestão técnica, mais tarde adentrou no ensino nas atividades de sala de aula. Tais atividades levaram a compreensão e expansão da tecnologia, permitindo estabelecer novas relações com o saber, rompendo os muros da escola, propiciando a gestão participativa.
Nas ações de hoje há de empregar todos os recursos, inclusive as TIC, tendo em vista a criação de comunidades colaborativas que propiciem construir uma sociedade solidária e mais humanitária.
Nessa formação, cujo eixo articula a realidade da escola, o educador terá a oportunidade de identificar e analisar as problemáticas, permitindo assim, identificar contribuições das TIC para transformar o seu fazer profissional, que constitui o avanço.
Almeida, também menciona as outras dificuldades que se fazem presentes, como condições físicas, materiais e técnicas adequadas, quanto com a postura dos dirigentes escolares, pouco familiarizados com a questão tecnológica.
Daí a importância da formação de todos os profissionais que atuam na escola. Essa evolução levou à tomada de consciência da importância de incorporar TIC à prática pedagógica e ao contexto da sala de aula, bem como envolver os gestores nessas atividades. Cria-se, assim, um ambiente de formação para que o gestor escolar reconstrua o seu papel frente às responsabilidades e como gestor do projeto político pedagógico, bem como pela criação de uma nova cultura da escola, que incorpore as TIC às suas práticas.
Os participantes do ambiente virtual são incitados a ler e a interpretar o pensamento do outro, conviver com a diversidade e a singularidade.
A autora traz os benefícios do uso das TIC na gestão escolar como: registrar e atualizar a documentação; criar um sistema de acompanhamento da comunidade à escola; definir metodologias de avaliação adequadas com critérios democráticos e participativos; trocar informações. Assim, gestores identificam problemas e busca alternativas de solução.
A fim de propiciar formação de gestores para a incorporação das TIC, as secretarias de educação juntamente com o Ministério da Educação, através do ProInfo – Programa Nacional de Informática na educação, com um encontro presencial e através de especialistas na ação realizaram trabalhos cujo eixo foi a realidade da escola pública e o papel do gestor como líder da inserção das TIC na escola. Os participantes retomam às suas escolas para desenvolverem atividades propostas no encontro. A partir daí vem as interações nos fóruns e os formadores passam a orientar e provocar reflexões que levam a avanços e desafios.
2) Citações Principais do Texto:
“Posteriormente, as TIC começaram a adentrar no ensino e na aprendizagem (...)” (p.1)
“Criam-se possibilidade de redimensionar o espaço escolar, (...), propiciando a gestão participativa, o ensino e a aprendizagem em um processo colaborativo (...)” (p.01)
“Há que se empregar nas ações de hoje todos os recursos disponíveis, inclusive as TIC (...)” (p.02)
“Nessa formação, cujo eixo articula a realidade da escola (...)” (p. 02)
“A criação de um fluxo de informações e troca de experiências, que dê subsídios para a tomada de decisões (...)”(p. 03)
“Essa evolução levou à tomada de consciência da importância de incorporar as TIC à prática pedagógica e ao contexto da sala de aula (...)” (p.05)
3) Comentários (parecer e crítica):
Vejo que há algum tempo as TIC vem agilizando as práticas administrativas e adentrando com certa resistência na aprendizagem integrando às atividades de sala de aula, provavelmente devido não só à resistência dos profissionais, mas também a falta de preparo para aplicar as novas tecnologias. Acredito que são poucos, mas ainda temos casos na escola, de profissionais com falta de iniciativa para retomar aos estudos e fazer modificações no seu fazer pedagógico.
Esse ponto de partida do Ministério da Educação e das secretarias de Educação em parceria com o Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo), vem proporcionar uma formação à distância, para facilitar que os profissionais de educação tenham a oportunidade de retomar aos estudos e avançar frente as novas tecnologias, buscando interagir, trocar experiências e solucionar problemas.
A evolução com a incorporação das TIC traz um avanço à prática pedagógica e ao contexto da sala de aula, cria uma possibilidade ao gestor de reconstruir seu papel de responsável perante a sua comunidade escolar, além de criar uma nova cultura, de incorporar as TIC às suas práticas, buscando resolver situações problema do cotidiano escolar.
4) Questionamentos (questões levantadas e dúvidas):

Após a formação, o gestor consciente dos benefícios após a incorporação das TIC, não só para agilizar as atividades administrativas, mas também para a construção e prática pedagógica, irá retomar à sua escola como líder da inserção da referida ferramenta?

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Funções e Papéis da Tecnologia

VIEIRA, A. THOMAZ. Funções e Papéis da Tecnologia, São Paulo, PUC - SP, 2004.

Resumo:

O autor traz, a partir da análise de conteúdo, o assunto Tecnologia contextualizado  na realidade das escolas, primeiramente como ferramenta que auxilia nas atividades pedagógicas, onde o aluno é o beneficiado, em sua rotina escolar e nos processos organizacionais, como: registros, acesso, manipulação e apresentação de informações, aplicativos e outros.
Em seguida o autor fala da responsabilidade da concretização do trabalho se o professor tiver domínio da ferramenta e aplicá-la no cotidiano da sala de aula.
Por fim, Vieira chega na grande questão em foco, que é saber como a tecnologia pode ser aliada da direção e coordenação da escola. Mas para isso são muitas as reflexões. Diferencia ainda, dado de informação e sua aplicação e a forma de organizar esses dados para transformar  em informação.
É importante para organizar os dados: a contextualização, a categorização para análise, os componentes essenciais, o cálculo que é a análise matemática, a condensação e a apresentação.
Além de aliados dos gestores na transformação de dados em informações, os computadores raramente podem ajudá-los no que se refere a dar sentido aos dados. E lembra que o conhecimento tem caráter humano, ou seja, para produzir conhecimento é necessário que haja mentes que trabalhem.
Outro estudo para as organizações escolares, diz Vieira, é observar e analisar a rotina da escola. Então, para um ambiente com tecnologia temos que criar condições, seja por meio de relações diretas (presenciais ou virtuais), para permitir a criação e melhoria de conhecimento sobre os processos, requer bom senso.
Finalmente, o autor fala que além do problema da cultura organizacional existente é necessário uma visão estruturada para a implementação eficaz de sistemas nas escolas.

2) Citações principais do texto:

"Sabemos dos vários benefícios que a tecnologia pode gerar no trabalho pedagógico com o aluno(...)" (p.01)

"Sabemos também que esse trabalho só se concretiza quando o professor domina os conceitos e práticas relacionadas com a tecnologia(...)"(p.01)

"Mas o grande problema em foco da gestão escolar é saber como a tecnologia pode ser um grande aliado da equipe de direção e (...)"(p.01)

"A confusão entre dado, informação e conhecimento gera enormes gastos de tempo e dinheiro em projetos que nem sempre são adequados para uma certa instituição(...)"(p.01)

"O sucesso ou fracasso organizacional depende, muitas vezes, em saber de quais deles precisamos, dado ou informação(...)"(p.01)

"O conhecimento tem caráter humano, ou seja, para produzir conhecimento é necessário que haja mente(s) que trabalhe(m)(...)"(p.03)

"Contudo, existe uma outra possibilidade para a obtenção de conhecimento aplicado nas organizações escolares, que é o estudo e a análise de suas rotinas(...)"(p.05)

"Então, se pretendemos ter um ambiente com tecnologia em que o conhecimento passa fluir constantemente, temos que criar condições, seja por meio de relações diretas (presenciais ou virtuais)(...)"(p.05)

"(...), a implementação de um sistema de organização na escola, torna-se mais fácil quando a cooperação já faz parte da cultura escolar(...)"(p.06)

"(...), os ingredientes-chave para a implementação eficaz de sistemas nas escolas, necessita de pontos como: criação do contexto para a TI; desenho de sistemas de TI e instalação do sistema de TI que vai ser utilizado(...)"(p.07)

3) Comentário e Crítica:

De acordo com o autor e ainda com base em algumas experiências pessoais, fica claro que há uma preocupação em relação a implementação das TIC nas escolas. Acredito ainda, que Vieira, levanta vários pontos importantes, um é a questão que além dos benefícios que a tecnologia gera, podemos com ou através dela, deixar de perceber outras mensagens que são passadas através da sensibilidade, no momento que o profissional tem o contato direto com o aluno e de resultados significativos da oralidade e expressão, por exemplo. Computadores podem ser grandes aliados dos gestores na transformação de dados em informações. No entanto, raramente podem ajudá-los no que se refere ao contexto que permite dar um sentido aos dados.
Também concordo que, para que os dados sejam transformados em informações, é preciso que se acrescente significado a eles e encontrar formas para se fazer essa transformação.
É importante lembrar que os indivíduos produzem o conhecimento, pois são mentes que trabalham, que pensam e que realizam as propostas elaboradas, tal capacidade é exclusivamente humana.
Então, as mentes da escola devem levantar todos os pontos relevantes, observando a realidade da comunidade escolar, onde estão inseridos, e a partir daí criar condições, relações entre pessoas para reflexões a respeito de rotinas para a criação de um ambiente informatizado com o objetivo de melhorar, facilitar os conhecimentos sobre os processos da escola, usando sempre o bom senso, respeitando a limitação do colega e aproveitando e ressaltando a potencialidade e a habilidade dos envolvidos, dando-lhes estímulos e demonstrando respeito.
É importante que se tenha organização, um cronograma como ponto de partida do trabalho, para que os envolvidos sintam a seriedade da proposta e que comecem a colocar suas opiniões em relação a construção do projeto.
É importante também, que haja no grupo uma cultura de cooperação.
Durante esta leitura tive uma grande certeza, estou no caminho certo com os meus pensamentos, no que tange a construção de propostas e suas organizações, no que penso quanto às pessoas e a lidar com as mesmas.

4) Questionamentos:

1) Diante das questões apontadas por Vieira, podemos perguntar: a tecnologia será uma ferramenta para o sucesso da escola, seja no campo administrativo, pedagógico, pessoal etc?

2) A formação do gestor em TIC, será realmente  uma única exigência para que o trabalho seja de excelência?

3) Como será a aceitação por parte dos professores, sabendo que eles terão que inovar no campo pedagógico, visando o aluno?